Consumo de azeite do abacate reduz risco de hipertensão arterial
Publicado em 26/12/2018

O azeite do abacate faz bem para a saúde e reduz risco de hipertensão arterial. É o que aponta um estudo recente publicado no Brazilian Journal of Food Technology. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal e cresce entre a população jovem no país.

Para o médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Dr. Carlos Nogueira de Almeida, que participou da pesquisa, o alto teor nutricional do abacate contribui na prevenção de doenças crônicas como a hipertensão arterial.

“O consumo de ácidos graxos e dos compostos bioativos presentes no azeite de abacate possuem propriedades benéficas à saúde humana. O ômega-9, por exemplo, auxilia na redução do colesterol e reduz o risco de doenças cardiovasculares. Já os chamados compostos fenólicos são substâncias associadas à prevenção de doenças ocasionadas pela presença de radicais livres.  “Inflamação crônica, hipertensão arterial, diabetes, asma, cardiopatias e doença de Alzheimer são alguns exemplos”, esclarece.

O alto teor nutricional e a facilidade de cultivo do abacate no Brasil são pontos favoráveis ao consumo desse alimento. “O azeite de oliva é um produto altamente consumido no Brasil, porém de origem importada. Já o azeite de abacate possui forte potencial para substituí-lo ou para ser utilizado conjuntamente em óleos mistos, substituindo o óleo de soja. Nós, médicos nutrólogos da ABRAN, salientamos a importância de uma boa nutrição para prevenção de doenças e manutenção da saúde da população”, reitera.

O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Dr. Durval Ribas Filho, reforça a importância dessas pesquisas para a Nutrologia. “É imprescindível que o Brasil invista em estudos e pesquisas científicas sobre a qualidade nutricional dos alimentos. Uma boa alimentação e nutrição adequadas, aliadas à atividade física são os três pilares no combate a obesidade e outras doenças crônicas’, diz.

O provável motivo do consumo ainda reduzido de azeite de abacate consiste, principalmente, na falta de conhecimento de seus benefícios à saúde por parte dos consumidores. Pesquisas apontam que dependendo do método de extração, o rendimento pode variar entre 56% e 95% de óleo extraído. “As análises de qualidade e segurança atestam os benefícios e a possibilidade de introdução do azeite de abacate para uso comestível, substituindo óleos de qualidade inferior para a saúde humana e criando uma nova alternativa culinária ao consumidor”, explica.